Você gosta mais de vilões do que dos mocinhos? A Psicologia explica

Estudos apontam que nos sentimos atraídos por personagens perversos com quem compartilhamos traços e comportamentos semelhantes.

Os vilões do cinema tendem a ser cada vez mais sofisticados, ou seja, não são mais apenas maus por natureza, mas em muitas ocasiões sabemos a origem de sua maldade.

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Por esse motivo, é cada vez mais comum ter empatia com eles. Pode até chegar um ponto em que podemos apoiá-los surpreendentemente, como no último filme do Coringa.

Mas e Darth Vader, Lord Voldemort ou Malévola? Um estudo recente revelou que os vilões do cinema atraem pessoas com características psicológicas semelhantes. Continue lendo e entenda a seguir.

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Análise a partir da ficção

De acordo com um estudo publicado na revista Psychological Science, uma das razões pelas quais podemos gostar de vilões fictícios é porque temos coisas em comum com eles.

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Isso pode parecer preocupante, porque como podemos achá-los agradáveis ​​se são vilões? O fato é que esse apreço se deve, em parte, aos nossos traços psicológicos compartilhados, mas, em última análise, é porque eles são vilões da ficção.

Se esses personagens malignos dos filmes fossem reais, perderíamos a admiração. A ficção nos fornece uma distância cognitiva que nos permite manter nossa personalidade da vida real separada da do vilão.

Como resultado, as pessoas que se sentem seguras no reino da ficção podem ficar mais intrigadas com os personagens sombrios e sinistros que se assemelham a elas.

O experimento

Para testar sua teoria, os pesquisadores conduziram um experimento usando um site para administrar um teste de personalidade que avaliou a semelhança dos usuários com vários personagens, tanto bons quanto maus.

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Personagens como Mestre Yoda (Star Wars ou Guerra nas Estrelas), Joey Tribbiani (Friends) e Sherlock Holmes estavam entre os bons personagens, enquanto o Coringa, Malévola e Kylo Ren estavam entre os vilões. O site usado para o experimento online tinha cerca de 230.000 usuários registrados.

Depois de analisar os resultados, os pesquisadores descobriram que os usuários se sentiam atraídos tanto por heróis quanto por vilões com os quais sentiam ter semelhanças.

Em outras palavras, os indivíduos que fizeram o teste se sentiram mais familiarizados com personagens malignos com os quais compartilhavam mais pontos em comum.

O perfil do vilão

Esses personagens costumam ser muito astutos, planejam muito bem suas maldades, são insensíveis ao sofrimento alheio e não se importam em fazer o mal.

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Eles têm um desejo transbordante de domínio e poder. Por exemplo, obter dinheiro e conseguir a submissão dos outros através da imposição de sua vontade.

São pessoas muito sedutoras, mentem com facilidade e não se importam com os meios para atingir seus fins. São cruéis porque gostam de fazer o mal, de ver os outros sofrerem e adoram saber que causam a dor.

Eles também têm muitos rostos, não costumam ter uma identidade única, mudam dependendo das circunstâncias e da convivência para atingir seus objetivos. Um exemplo é o Coringa na versão de “Batman, o Cavaleiro das Trevas”. Esse vilão conta diferentes histórias sobre como ele conseguiu seu rosto.

Por fim, são egocêntricos e não se importam com consequências em larga escala, desde que prejudiquem seu alvo, que geralmente é o herói.

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O mal visto de diferentes maneiras

O mal e os vilões têm formas diferentes de serem vistos de acordo com a idade das pessoas. Por exemplo, as crianças sempre procuram uma distinção clara entre os dois lados, um personagem é bom ou ruim. Além disso, o bem deve sempre triunfar.

Na adolescência, o bem e o mal podem ser ambivalentes, mas no final busca-se o triunfo do bem. Na fase adulta, os indivíduos entendem que nem sempre haverá justiça e honestidade.

Conclusão do estudo

A atração por vilões fictícios não é um fenômeno novo, mas a psicologia por trás disso ainda está sendo explorada. Existem várias hipóteses a considerar.

Por exemplo, talvez nos sintamos atraídos por vilões que são consistentes entre seus pensamentos e ações, ou que podem realizar planos que, certamente, nunca faríamos, mas secretamente desejamos.

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O comportamento dos vilões também pode servir como uma forma de catarse. Os “homens maus” do cinema não hesitam em se vingar, o que pode ser um alívio para os espectadores que não podem fazer isso na vida real.

Essa mesma hipótese poderia explicar por que a maioria dos espectadores foi atraída, identificada e até apoiou a representação de Joaquin Phoenix como o Coringa no último filme.

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