A redação é uma das partes mais importantes em qualquer vestibular. Assumindo diferentes formatos, é possível se deparar com a produção de contos, cartas e crônicas em determinados exames, mas é fato que o mais comum neste meio é o texto dissertativo-argumentativo. E, de forma que seja possível alcançar uma boa pontuação, conhecê-lo a fundo é fundamental.
Os principais vestibulares do país, como o Enem e a Fuvest, solicitam aos candidatos que a redação seja feita em estilo dissertativo-argumentativo, ou dissertação escolar. Assim, o candidato deve apresentar um ponto de vista e defendê-lo com uma série de argumentos, sempre mantendo a coesão e a estrutura do texto.
Hoje, aprenda como construir uma boa redação de estilo dissertativo-argumentativo, e evite cometer erros ao realizar futuros exames.
O texto dissertativo-argumentativo: construção
Mas afinal, o que seria uma redação dissertativa-argumentativa? A produção se trata de um gênero textual baseado na defesa de uma tese, utilizando bons argumentos e explicações. Em vestibulares como o Enem, ainda é necessário apresentar uma proposta de intervenção. Seja como for, a finalidade é formar a opinião do escritor e convencer o leitor de suas ideias.
No geral, as principais características de um texto como esse são as seguintes:
- Presença de uma tese no primeiro parágrafo do texto;
- Desenvolvimento do texto com argumentos que comprovem a tese;
- Conclusão em formato de síntese, ou com propostas de solução e intervenção para o que foi discutido ao longo da produção;
- Uso da norma-padrão da língua portuguesa.
Além disso, esse tipo de construção é conhecido por ter uma estrutura rígida, que está dividida em três partes: a introdução, argumentação e conclusão.
Introdução
Na introdução, o autor deve deixar claro qual será o assunto abordado no texto, bem como qual será sua tese defendida. Além da apresentação, é necessário explicar de forma sucinta o tema, sem que as informações utilizadas na argumentação colidam com o que está sendo apresentado de início.
Argumentação
Já na argumentação, composta por parágrafos intermediários, é preciso comprovar a tese apresentada na introdução da forma mais completa possível. É importante lembrar que um argumento é composto por duas partes: a fundamentação e sua análise.
Na fundamentação, é dever do autor buscar provas para explicar de que forma seu ponto de vista está correto. Isso inclui citações de autoridades, referências históricas, notícias publicadas em jornais populares e conceitos teóricos.
A análise do fundamento, por sua vez, consiste em demonstrar de forma explícita a relação entre a prova que foi trazida e a tese. De nada adianta apresentar uma série de informações sem nenhuma ligação: todas devem remeter ao tema central.
Conclusão
Por fim, a conclusão é o último parágrafo de texto, e deve ser feito em forma de síntese ou por meio de uma proposta de solução.
Na síntese, o autor resume os argumentos e repete sua tese, concluindo o raciocínio que foi construído aos poucos, desde a introdução.
Já aquelas com proposta de solução, como é o caso do que é solicitado pelo Enem, o autor deve apresentar soluções práticas, mas detalhadas, que estejam relacionadas aos problemas levantados no texto. Tal proposta deve determinar o seguinte:
- Agentes, ou quem executará;
- Ações, ou o que será feito;
- Meios, ou como a solução será produzida;
- Efeitos, ou as consequências da aplicação da solução.
