Pré-história ou pré história: aprenda a usar o hífen e não erre mais

O Novo Acordo Ortográfico, obrigatório desde 2016, alterou diversas regras gramaticais e de escrita na Língua Portuguesa, principalmente no uso do hífen. Porém, existem dicas para aprender de uma vez por todas e evitar os erros.

O hífen é um sinal gráfico em forma de um pequeno traço horizontal cuja principal função é unir os elementos de palavras compostas, separar sílabas no final das linhas e marcar ligações entre os termos. No entanto, existem incontáveis dúvidas sobre como usar o hífen e não errar na produção textual.

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O Novo Acordo Ortográfico, que passou a ser obrigatório a partir de 2016, alterou alguns aspectos da Língua Portuguesa, principalmente a respeito da acentuação, utilização de sinais gráficos e regras gramaticais. Portanto, você pode aprender de uma vez por todas como funciona a hifenização. Saiba mais informações a seguir:

Como se escreve: pré-história ou pré história?

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De acordo com as regras previstas no Novo Acordo Ortográfico, a forma correta de escrever é pré-história. Basicamente, o prefixo pré, quando for tônico (isto é, com acento agudo) e autônomo, sempre deve ser seguido por hífen, assim como os prefixos acentuados pós e pró. Além disso, ex, sem, além, aquém, recém e vice são outros exemplos de prefixos que sempre serão acompanhados de hífen.

Não obstante, é necessário acrescentar que, quando o prefixo pré se apresenta como átono (ou seja, sem autonomia fonética – razão pela qual precisa se apoiar na sílaba seguinte), ele não é acompanhado de hífen, logo, não recebe acento gráfico.

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Confira exemplos de palavras iniciadas com pré, sendo tônicas e átonas:

  • pré-adolescente;
  • pré-natal;
  • pré-datado;
  • preaquecer;
  • previsto;
  • predefinido.

Retornando ao termo em foco no texto, a expressão Pré-História se refere ao período do surgimento e desenvolvimento das primeiras espécies de seres humanos na Terra. Portanto, aborda os aspectos de sobrevivência, evolução, construção das comunidades, interações sociais e característica desses indivíduos.

Como usar o hífen?

1) Em palavras compostas

As palavras compostas por justaposição são acompanhadas de hífen, pois os radicais que se juntam não preveem alteração fonética. Este é o caso de couve-flor, arco-íris e ano-luz.

2) Nos nomes de lugares

Os nomes que começam com Grã e Grão, ou por forma verbal, ou que sejam conectados por artigos, acompanham hífen. Como exemplo, tem-se a Grã-Bretanha, Grão-Pará, Baía de Todos-os-Santos e Abre-Campo. Os demais topônimos compostos ficam sem hífen, porém seus adjetivos pátrios são hifenizados; veja exemplos: Mato Grosso e mato-grossense.

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Vale destacar que, apesar de não serem iniciados por Grão ou Grã nem por forma verbal e de não terem artigo entre seus elementos, os nomes Guiné-Bissau e Timor-Leste são hifenizados, por questões históricas.

3) Nos nomes de espécies botânicas e zoológicas

Para escrever o nome popular de espécies botânicas e zoológicas, deve-se utilizar o hífen a fim de estruturar as palavras de maneira legível. É o que acontece com amor-perfeito, tamanduá-bandeira e pimenta-do-reino.

4) Com palavras que acompanham “bem” ou “mal”

As palavras compostas que têm como o primeiro elemento “bem” são hifenizadas; já as que começam com “mal” recebem hífen se o elemento seguinte se inicia com a letra H ou com alguma vogal. Pode-se perceber esse tipo de construção em bem-humorado, mal-assombrado e mal-amado.

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5) Nas palavras que se iniciam com além, aquém, recém e sem

Assim como no caso de pré-história, as palavras que são iniciadas com esses prefixos devem acompanhar o hífen. É o caso de além-fronteiras, além-vida, aquém-mar, recém-casado, sem-teto e recém-chegado.

6) Na construção de encadeamentos vocabulares

Em primeiro lugar, um encadeamento vocabular é uma associação ocasional de palavras que costuma acontecer quando se refere à relação entre duas entidades. Nestes casos, há o emprego do hífen, como em ponte Rio-Niterói, rodovia Rio-Santo e na identificação geográfica austro-húngaro.

7) Com prefixos cujo segundo elemento começa com a letra h

As palavras que possuem prefixos que começam com a letra H no segundo elemento são sempre separados por hífen. Esse é o caso de super-homem e sobre-humano.

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8) Com prefixos cujo segundo elemento começa com a vogal igual a que termina o primeiro elemento ou o prefixo

Nesses casos, a hifenização é uma forma de distinguir as palavras e evitar cacofonias ou erros de leitura. Por exemplo, com micro-ondas, auto-observação e semi-interno. Exceções são os casos em que o prefixo é “co”, como em cooperação, cooperativa e cooperante.

9) Em palavras que são iniciadas por “circum” e “pan”

Basicamente, essas palavras são hifenizadas quando o segundo elemento começa com a vogal ou com as letras H, M ou N. Essa utilização é vista em palavras como pan-americano, pan-africanismo e circum-ambiente.

10) Com palavras que começam com hiper, inter e super

Em específico, o hífen é adotado nos casos em que o segundo elemento começa com a letra R. Essa utilização acontece em hiper-resistente, inter-relação e super-revista.

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Para finalizar, vale ressaltar que, como bem vimos neste artigo, toda regra pode ter uma exceção, e as informações acima podem estar generalizadas e parcialmente completas. O ideal, caso esteja em dúvida, é procurar caso a caso, para ter certeza de que a palavra precisa ser hifenizada, ou não.

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