Por que a roupa dos astronautas é branca? Veja como funciona

A roupa dos astronautas é uma das principais tecnologias adotadas nas viagens espaciais e expedições no espaço. Porém, nem todas as pessoas sabem como esse equipamento funciona, porque a tonalidade é sempre branca e qual é a importância nessas missões.

Em primeiro lugar, a roupa dos astronautas é uma tecnologia desenvolvida para proteger o corpo humano, sendo uma vestimenta especial que possui diversas funções. Neste sentido, é por meio desse instrumento que os viajantes conseguem regular a temperatura do corpo, impedir que o vácuo arraste o indivíduo no espaço, se proteger contra raios solares e até regular a própria pressão arterial.

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Mais pesada do que se imagina, esses trajes possuem cerca de 130 quilogramas, o que representa a soma dos tecidos e dos equipamentos auxiliares, tanto os de segurança quanto os de comunicação ou locomoção. Por meio dessas roupas, os seres humanos que fazem viagens espaciais conseguem manter as condições vitais semelhantes às da Terra. Saiba mais a seguir:

Por que a roupa dos astronautas é branca?

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Em resumo, o traje espacial é branco para auxiliar na reflexão dos raios solares e evitar um superaquecimento no corpo do astronauta. Como no espaço existem menos filtros para a incidência do Sol do que em relação à Terra, esse mecanismo auxilia a manter os viajantes seguros enquanto trabalham ou se locomovem fora da atmosfera terrestre.

Com a reflexão dos raios solares é possível reduzir o calor. Entretanto, estima-se que na época que essas vestimentas surgiram havia uma associação popular de cores como branco e prateado com o futurismo, e por isso foi mantido. Ou seja, além de ser funcional na proteção contra raios solares, transmite um aspecto de algo tecnológico e avançado, sendo positivo para as propagandas das missões espaciais.

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Mais especificamente, estima-se que a roupa do astronauta seja composta por 14 camadas de tecidos cujos materiais variam entre náilon, alumínio, algodão e neoprene. A princípio, as três primeiras camadas mais próximas do corpo são utilizadas para controlar a temperatura e a quarta mantém a pressão interna mesmo diante das alterações que acontecem no espaço.

Por fim, as demais camadas servem para diferentes questões, como reduzir o atrito com corpos existentes no espaço, frear o impacto de micrometeoritos, evitar a atrofia muscular e outras questões. Além desses tecidos, os astronautas usam roupas de baixo, trajando um macacão por onde passa água para controlar a temperatura do corpo.

Contudo, há também uma espécie de fralda superabsorvente para os casos em que o astronauta precisa ir ao banheiro, mas está fora da nave. Como visto em filmes ou séries, a vestimenta é dividida em módulos, com proteção específica para a cabeça, troncos, braços e pernas. Para funcionar, essas partes são conectadas umas nas outras por meio de travas mecânicas, como uma armadura flexível.

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Roupa espacial: como funciona e como surgiu?

A empresa responsável pela criação da roupa dos astronautas era uma fabricante de sutiãs e cintas, chamada Playtex. Na ocasião da invenção, diversas empresas maiores estavam participando de um concurso da Nasa, empresa aeroespacial norte-americana, para construir um traje que permitisse com que o ser humano fosse ao espaço.

Com um pequeno grupo de costureiros e engenheiros, sob a liderança de um mecânico de carros e um ex-reparador de TVs, o projeto da Playtex era ambicioso, mas muitos duvidavam de que daria certo. Por um lado, os competidores apresentaram opções estáticas e sólidas, com adaptações do antigo traje de mergulho que se usava no Exército.

No entanto, a Playtex apresentou uma roupa quase inteiramente maleável, o que despertou dúvidas sobre a segurança do equipamento diante da pressão fora do planeta. Apesar disso, a vestimenta resistiu aos testes e comprovou ter uma qualidade superior aos seus concorrentes, conquistando o contrato com a Nasa para os próximos anos.

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A vitória acompanhou meses de trabalho árduo, porque era necessário adaptar o projeto apresentado às demandas da Nasa. Na época, a companhia exigiu especificações desafiadoras, como a tolerância de quatro milímetros de largura nas costuras e a construção de peças sob medida para cada um dos astronautas.

Como consequência, grande parte do trabalho teve que ser feito do zero. Ainda que o desenvolvimento das roupas espaciais tivesse acontecendo na década de 1930, o trabalho pôde ser concluído e exibido ao mundo somente em 1961, quando o homem pisou na Lua pela primeira vez.

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