Stonehenge é um dos monumentos pré-históricos mais impressionantes do planeta. Consiste em uma série de enormes pedras verticais dispostas em círculos concêntricos, construídas entre 3000 a.C. e 2000 a.C.
Localizado no sul da Inglaterra, no condado de Wiltshire, Stonehenge fica a cerca de 13 quilômetros ao norte da cidade de Salisbury, em uma área chamada Salisbury Plain.
Essa região é famosa por seu solo calcário, que ajudou a preservar o monumento ao longo dos milênios. Além disso, a localização em uma área tão aberta permitiu que se tornasse uma figura icônica na paisagem inglesa, visível a quilômetros de distância.
Qual a origem das pedras de Stonehenge?
Em 2020, um estudo liderado pelo geomorfologista David Nash utilizou testes geoquímicos para identificar a origem exata dessas pedras. Nash se concentrou em uma amostra do local, obtida na década de 1950 durante trabalhos de restauração, que havia sido armazenada na Flórida.
Com a peça-chave de volta à Grã-Bretanha, os pesquisadores realizaram análises utilizando técnicas avançadas de geoquímica e espectrometria. Essas análises revelaram que as pedras sarsen correspondem às rochas de West Woods, ao sul de Marlborough, Wiltshire.
Esta descoberta sugere que os construtores de Stonehenge selecionaram cuidadosamente as pedras e planejaram uma rota desafiadora para transportá-las até o local do monumento.
A pesquisa de Nash abre novas possibilidades de compreensão sobre a logística monumental e os motivos dos habitantes neolíticos ao utilizar pedras de uma região específica e distante.
Contudo, a falta de informações concretas sobre quem construiu Stonehenge alimentou especulações e teorias conspiratórias ao longo dos anos. Diversas hipóteses atribuem a edificação do monumento a diferentes grupos, incluindo os celtas, o lendário mago Merlin (das histórias do Rei Artur) e, principalmente, a civilizações extraterrestres avançadas.
Origem da pedra do Altar também é revelada
Outra pesquisa recente liderada por especialistas da Curtin University revelou que a pedra do altar de Stonehenge, um bloco de seis toneladas, vem do nordeste da Escócia e não do País de Gales como se pensava anteriormente.
Por meio de análises químicas e de datação, os pesquisadores identificaram que a pedra pertence à Bacia Orcadiana, localizada a 750 quilômetros do monumento.
Esta descoberta destaca a sofisticação das sociedades pré-históricas britânicas e levanta novas questões sobre como uma pedra tão grande foi transportada para o sul da Inglaterra por volta de 2600 a.C.
Os especialistas sugerem que, ao invés de ser transportada por terra, a pedra pode ter sido movida por mar, implicando o uso de barcos e rotas costeiras, além de transporte fluvial e terrestre até seu destino final em Salisbury.
Assim, a identificação da origem da pedra do altar sugere a existência de ligações culturais e comerciais entre diferentes comunidades neolíticas no Reino Unido, ampliando nosso entendimento sobre as conexões e o intercâmbio de conhecimentos durante o período.
Principais curiosidades sobre Stonehenge
- Acredita-se que a construção de Stonehenge tenha começado por volta de 3000 a.C. e tenha sido concluída em várias etapas ao longo de mais de mil anos;
- Sua função ainda é um enigma, mas acredita-se que tenha sido utilizado para práticas religiosas, rituais de sepultamento ou até como um antigo observatório astronômico;
- Stonehenge é composto por dois tipos de pedras: as pedras de sarsen, que são as maiores e mais pesadas, e as pedras de bluestone, que são menores e mais azuladas;
- A maior pedra de sarsen pesa cerca de 50 toneladas e mede 9 metros de altura;
- Stonehenge está alinhado com os solstícios de verão e inverno, e muitos acreditam que tenha sido usado para observar e prever eventos astronômicos;
- Foram encontrados restos mortais de mais de 150 pessoas em Stonehenge, o que sugere que o local tenha sido usado para rituais funerários;
- Stonehenge passou por várias restaurações ao longo dos anos, incluindo uma restauração majoritária realizada em 1901;
- Por fim, Stonehenge foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1986 e é um dos locais mais visitados da Inglaterra.