Por definição, um terremoto é um abalo sísmico, caracterizado por um movimento brusco e repentino de um território. No entanto, a magnitude e intensidade desse fenômeno pode causar danos permanentes em cidades inteiras, como aconteceu recentemente na Turquia, por exemplo.
Neste contexto, muitos brasileiros perguntam-se sobre a chance de um evento semelhante acontecer no Brasil, principalmente quando se considera o número de desastres naturais que ocorrem no país. Contudo, existem diferenças entre os tipos de terremoto e suas consequências. Saiba mais a seguir:
Como se formam os terremotos?
Os terremotos são tremores que acontecem na crosta terrestre, as camadas mais externas do planeta Terra. Em uma perspectiva mais técnica, o que acontece é uma grande liberação de energia acumulada no solo. Como consequência, há uma acomodação de blocos de rocha, originando os abalos sísmicos.
No geral, os terremotos são medidos com base na Escala Richter. Sendo assim, é um sistema que vai de 0 a 10 graus, sendo 0 o mais fraco e 10 o mais forte. Apesar disso, nunca se registrou um terremoto de máxima intensidade, e o recorde está no terremoto do Chile, que aconteceu em maio de 1960 e alcançou 9,5 graus na escala.
Além disso, os geólogos e especialistas acreditam que existem 3 causas principais para os terremotos, sendo eles o desabamento, vulcanismo e tectonismo. Em primeiro lugar, os terremotos causados por desabamentos não possuem intensidade alta.
Comumente, se originam a partir de acomodações internas causadas pela ruptura ou movimentação de blocos de rocha no interior do solo. Porém, como são rochas menos resistentes, os danos e consequências são reduzidos.
Por sua vez, os tremores causados por vulcanismo são mais fortes, mas acontecem principalmente nas áreas próximas aos vulcões. Para que surjam, é necessário que uma ruptura ou erupção aconteça no interior do magma. Contudo, existem casos em que os gases retidos são submetidos a grandes pressões.
Apesar disso, pela delimitação geográfica, os efeitos e consequências de um terremoto vulcânico são isolados. Portanto, não tendem a ser percebidos a longas distâncias e podem não gerar muito impacto. Em alguns casos, a explosão de magma poderá afetar a qualidade do ar, por exemplo.
Por fim, os terremotos causados pelo movimento de placas tectônicas são os principais fenômenos dessa categoria. Basicamente, a crosta terrestre é formada por blocos, chamados de placas tectônicas. A partir da colisão desses blocos há um movimento de direções opostas.
Neste zona de contato e choque é onde ocorre grande parte dos terremotos tectônicos. Como exemplo, pode-se citar o terremoto da Turquia. Na última segunda-feira (6), um terremoto de 7,5 na Escala Ritcher criou um epicentro de 17,9 quilômetros de profundidade. O fenômeno foi causado pelo choque entre as placas da Eurásia, África e Arábica.
E no Brasil, existem terremotos?
Em resumo, existem terremotos no Brasil, mas todos de pequena intensidade. Em 2022, 8 abalos sísmicos foram registrados ao longo da costa do Rio Grande do Norte. Segundo os dados da Rede Sismográfica Brasileira, o maior acontecimento desse fenômeno no país registrou 3,7 graus na escala.
Entretanto, existem poucos danos e uma percepção quase nula desses tremores na superfície terrestre. Em sua posição geográfica, o Brasil está no centro da placa tectônica Sudamericana, de modo que não hajam grandes abalos. Como citado anteriormente, os terremotos surgem na área de contato entre placas.
Mais especificamente, a Placa Sudamericana está próxima da Placa de Nazca e de Scotia. Ainda assim, os tremores que atingem o território nacional possuem epicentros e consequências como sensação de desequilíbrio ou queda de móveis. Sobretudo, as regiões do Cearéa e Rio Grande do Norte são as mais atingidas.
Ainda que o território esteja no centro da placa tectônica, existe uma pressão sendo imposta por todos os pontos. Dessa forma, existem tremores acontecendo nessas regiões porque a pressão é maior, já que estão em uma área mais sensível da placa ou de maior contato com as adjacentes.
