O ano bissexto é aquele que tem 366 dias, em vez de 365. Ele existe para ajustar o calendário terrestre, pois, na verdade, um ano não tem exatamente 365 dias, mas sim 365,25 dias.
Isso significa que a cada 12 meses sobram cerca de 6 horas, que são acumuladas ao longo de quatro anos, resultando em um dia a mais.
Essa adição é feita tradicionalmente no mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias em vez de 28.
Mas como saber quando será o próximo ano bissexto?
Existe uma regra simples para isso: todos os anos divisíveis por 4 são anos bissextos, exceto aqueles terminados em 00 que não são divisíveis por 400.
Por exemplo, 2024 é um ano bissexto, porque é divisível por 4. Já 2100 não será um ano bissexto, porque termina em 00 e não é divisível por 400.
Mas 2000 foi um ano bissexto, porque terminou em 00 e era divisível por 400. Então, fora 2024, os próximos anos bissextos serão:
- 2028;
- 2032;
- 2036;
- 2040;
- 2044;
- 2048;
- 2052.
Por que existem anos bissextos?
Esta mudança no tempo, que acontece a cada quatro anos, exige um ajuste, que é como se formaram os anos bissextos desde a época romana.
Em outras palavras, este acréscimo de um dia em fevereiro serve para evitar a acumulação não contabilizada de aproximadamente 1/4 de dia por ano, equivalente a um dia extra, produzido pela rotação da Terra em torno do Sol.
A sociedade romana foi a primeira a utilizar anos bissextos para ajustar o tempo, que é medido tomando como referência a rotação da Terra em torno do Sol, fenômeno que determina a passagem das diferentes estações do ano.
Sem esta correção, ao longo dos séculos, as datas sazonais mudariam gradualmente em relação ao calendário, causando problemas na determinação de datas específicas associadas a eventos astronômicos e meteorológicos.
Como surgiu esse sistema?
O conceito de ano bissexto vem do latim “ante diem bis sextum Kalendas Martias“, que significa “o sexto dia antes das calendas de março” em português.
Isso se referia a um dia adicional que os romanos intercalavam entre 23 e 24 de fevereiro. Até que o termo foi reduzido para “bis sextus“, ou simplesmente “bissexto”.
Essa prática remonta ao calendário juliano, introduzido por Júlio César em 45 a.C., e posteriormente refinado pelo Papa Gregório XIII em 1582, resultando no calendário gregoriano que usamos hoje.
Simbolismos associados aos anos com 366 dias
Tanto os anos bissextos foram historicamente identificados como excepcionais, o que significa que estão rodeados de mitos e curiosidades.
Eles têm sido relacionados a acontecimentos trágicos como o naufrágio do Titanic (1912) ou o início da Guerra Civil Espanhola (1936), e com assassinatos de pessoas relevantes como Gandhi (1948), Martin Luther King (1968) ou John Lennon (1980).
Recentemente, o fato da pandemia de coronavírus ter eclodido em 2020, outro ano bissexto, também contribuiu para essa superstição.
Na Grécia também existe a crença de que casar em ano bissexto traz azar aos noivos; E claro, pior ainda, se o casamento for no dia 29 de fevereiro.
O mesmo pensamento é reproduzido na Escócia, ao contrário da Irlanda, onde o associam a boa sorte e a prosperidade.