É verdade que cavalos não vomitam? Resposta surpreende

Para saber se os cavalos não vomitam é preciso analisar a anatomia destes animais e entender o seu processo evolutivo.

Inteligentes, velozes e imponentes, os equinos têm marcado sua presença como fiéis aliados dos seres humanos ao longo dos séculos.

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No entanto, um aspecto curioso de sua biologia tem despertado a curiosidade de muitas pessoas. Afinal, os cavalos realmente não conseguem vomitar?

Continue lendo e entenda as razões desse mistério fisiológico e suas consequências para o bem-estar desses animais.

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É verdade que os cavalos não conseguem vomitar?

A resposta é sim. Os cavalos não conseguem vomitar devido a uma combinação de fatores anatômicos e fisiológicos.

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A musculatura na junção entre o estômago e o esôfago é muito forte, e o ângulo em que se conectam impede que o conteúdo do estômago retorne.

Além disso, esses animais não possuem o centro de vômito no sistema nervoso central, o que significa que eles não sentem náuseas.

Aparentemente uma desvantagem, a incapacidade dos cavalos de eructar ou regurgitar pode, na verdade, ser um traço adaptativo benéfico, moldado por sua alimentação e modo de vida herbívoros.

Eles aperfeiçoaram um processo de fermentação bacteriana no ceco (porção inicial do intestino grosso), essencial para a digestão da celulose vegetal, o que lhes permite aproveitar os nutrientes de maneira eficiente.

Por que o conteúdo estomacal é expelido pelas narinas?

A explicação para os cavalos expelirem conteúdo gástrico pelas narinas está em sua anatomia digestiva peculiar.

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O estômago dos equinos é relativamente pequeno, com capacidade entre 15–20 litros, variando conforme o porte do animal.

Em casos de refluxo excessivo, quando o estômago se enche de líquido até transbordar, o conteúdo pode ser forçado a passar pela curvatura da cárdia e subir pelo esôfago.

O motivo pelo qual isso ocorre pelas narinas é devido ao palato mole alongado dos cavalos, que divide completamente a orofaringe da nasofaringe.

As entradas do esôfago e da laringe, ambas conduzindo à nasofaringe, são separadas até o momento da deglutição, quando o palato mole se desloca, permitindo que o conteúdo da orofaringe seja direcionado para a entrada do esôfago.

Essa mesma configuração anatômica impede que os cavalos respirem pela boca, restringindo a respiração ao sistema nasal.

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Por que a incapacidade de vomitar pode ser fatal para os cavalos?

Um estudo que analisou os fatores de risco de cólica em um grupo de cavalos na Indonésia demonstrou que a relação entre este sintoma e a incapacidade de vomitar é significativa, pois a impossibilidade de regurgitar pode agravar as condições que levam à cólica.

A cólica é uma dor abdominal intensa que pode ser causada por diversos fatores, incluindo distúrbios no trato digestivo ou em outros órgãos.

Quando um equino sofre de cólica gástrica, por exemplo, a distensão do estômago pode ocorrer devido ao acúmulo de gases ou alimentação excessiva.

Normalmente, em outros animais, o vômito poderia aliviar essa pressão, mas nos cavalos, essa resposta é praticamente impossível.

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Nesse sentido, em casos de aumento da pressão estomacal, é mais provável que ocorra uma ruptura do órgão do que o alívio do sintoma por meio do vômito.

Portanto, a cólica em cavalos não só representa uma condição dolorosa e potencialmente fatal, mas também é complicada pela anatomia única desses animais, que não permite o alívio natural de pressão no estômago.

Quando há o surgimento de problemas desse tipo, o tratamento é feito inserindo uma sonda nasogástrica para esvaziar o estômago e evitar complicações graves.

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