Por definição, as conjunções adversativas exprimem ideia de oposição e contraste entre a oração principal e a oração complementar. Neste sentido, a classificação depende do emprego dentro das frases, porque não há necessariamente uma função sintática sendo desempenhada, mas sim um papel de conexão entre as partes de um texto.
Acima de tudo, são uma categoria dentro das conjunções coordenativas, responsáveis por conectar elementos do texto, sejam eles orações independentes ou termos semelhantes em uma oração. Desse modo, as conjunções adversativas estão na mesma família gramatical das conjunções aditivas, explicativas, conclusivas, alternativas e outras. Saiba mais informações a seguir:
O que são as conjunções adversativas?
Os principais exemplos de conjunções adversativas são os termos mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, no entanto e conquanto. Desse modo, pode-se citar como exemplo a frase “Trabalhamos muito, mas não obtivemos lucro”. Neste caso, as duas orações são independentes uma da outra no aspecto do sentido, e por isso são consideradas coordenadas.
No entanto, as informações estão em contraste e são unidas por conta da conjunção adversativa “mas”. Confira outros exemplos de frases que utilizam dessa mesma estrutura:
- Acordei cedo, porém não consegui comprar o café da manhã para começar o dia;
- Consegui comprar o presente, contudo não deu tempo de embrulhar corretamente;
- Passei mal hoje cedo, no entanto estou melhor agora;
- Não se atrase, se não vamos perder o filme;
- Apesar dos esforços, nada foi definido;
- Saímos para passear, ainda assim não estava feliz com a situação;
- Ganhamos no sorteio, apesar disso ser insuficiente para garantir a vitória no campeonato;
- Queria encontrar os seus amigos, mesmo assim ficou em casa;
- Estava cansada, ao passo que sua irmã tinha muita disposição.
Sendo assim, as conjunções adversativas têm como principal objetivo unir orações independentes por meio da ideia de oposição, utilizando uma estrutura verbal que apresente esse contraste. Em todos os casos, esse tipo de conjunção é antecedido obrigatoriamente por uma vírgula, assim como acontece em outras categorias conjuntivas.
Desse modo, a vírgula é utilizada para separar as orações de um período, pois indica um segmento dentro da frase. Contudo, a regra gramatical permite que a virgula surja depois nos casos em que estiverem precedidas de um verbo. Além disso, estima-se que essa estrutura seja optativa quando a conjunção adversativa “mas” está acompanhada do “também” em sentido de adição.
Portanto, deve-se utilizar as conjunções adversativas no contexto de exprimir oposição e contraste entre frases independentes, conectando-as com base nesse sentido. Em todos os casos, deve-se ler o texto antes de aplicar a conjunção para identificar quais são as ideias existentes, pois poderá ser necessário utilizar de outros termos gramaticais.
Quais são os outros tipos de conjunção coordenativa?
1) Conjunções aditivas
As conjunções aditivas transmitem a ideia de soma, adição de ideias e pensamentos. Nesse contexto, costumam ser utilizadas as expressões: e, nem, não só, mas também, não só… como também.
Exemplo: Não encontrei o que procurava e acabei voltando para casa.
2) Conjunções alternativas
Como o próprio nome sugere, são aquelas que exprimem ideia de alternância, apresentando opções ou transmitindo a ideia de escolha. Por conta disso, os mais comuns são: ou/ou, ora/ora, já/já, quer/quer e seja/seja.
Exemplo: Ou estudava para a prova hoje ou deixava tudo para o último dia.
3) Conjunções conclusivas
No geral, são conjunções que exprimem a ideia de conclusão, término o encerramento dentro do texto, seja sobre um pensamento ou ação. Por conta disso, costumam ser utilizadas as expressões: logo, por isso, pois localizado após o verbo, por conseguinte, assim, por fim e portanto.
Exemplo: Acordei tarde, portanto não pude ir à academia como havia planejado.
4) Conjunções explicativas
Por fim, as conjunções explicativas têm a proposta de explicar ou justificar algo relacionado à oração principal. Ou seja, existe um valor de razão, motivo, explicação e justificativa. Comumente, utiliza-se as expressões: que, porque, assim, pois (localizado antes do verbo), por conseguinte e porquanto.
Exemplo: Estava com sono porque havia dormido mal na última noite.